Provavelmente, mas está longe de ser certo, iniciamos uma das grandes curvas da história, lenta a negociar, cega sem deixar ver o que vem a seguir – nem houve fim da história, mas o historicismo está morto.
O referendo da Grécia marca mais uma das etapas do fim do regime representativo, pelo menos nesta versão. Os exemplos acumulam-se sobre as más opções que são tomadas nas alturas mais decisivas das escolhas, certamente sempre contrariadas pelos incumbentes que, satisfeitos, proclamam a bondade de terem sido escolhidos. A maior parte das vezes nem de escolhas se trata, como ontem aconteceu, a não ser da última vontade de fazer uma careta aos palhaços ricos do centro antes da queda habitual do palhaço pobre.
A escolha é quase sempre fatalmente viciada pela manipulação das alternativas, sempre trabalhadas e desfiguradas por quem pode controlar, pelo menos parcialmente.
Não é fácil saber se ontem a fundamentação…
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